quarta-feira, 13 de abril de 2011

EUA: Mais negros na prisão que escravos em 1850

A taxa de negros na população penal dos Estados Unidos é surpreendente e, longe de diminuir, os índices aumentam, afirmou um especialista.

Mais de 40 por cento dos cerca de dois milhões e meio de estadunidenses que se encontram nas prisões do país correspondem a esse grupo.

Michelle Alexander, professor de Direito em Ohio, expressou que a taxa é "surpreendente", em grande parte, por práticas discriminatórias e o injusto sistema judicial.

A denominada guerra contra as drogas -advertiu-, um problema que atinge a sociedade em seu conjunto, é realizada quase exclusivamente nas comunidades pobres de residentes negros.

"Os estudos têm demonstrado que os brancos usam e vendem drogas ilegais a preços iguais ou superiores aos negros", pontualizou, citado pela página digital Alter Net.

Autor do livro The New Jim Crow: Mass Incarceration in the Age of Colorblindness, Alexander considerou que em algumas comunidades negras do país, "quatro em cada cinco jovens pode esperar para ser aprisionado no sistema de justiça penal durante sua vida".

E destacou também que neste momento há "mais homens afroestadunidenses presos ou em liberdade condicional que todos os que foram escravizados em 1850, antes da Guerra Civil".

Segundo cifras oficiais um em cada nove homens negros entre os 20 e 34 anos estão na prisão, enquanto no país uma em cada cem pessoas se encontra atrás das grades.

Com ao redor de cinco por cento da população mundial, os encarcerados chegam a 25 por cento.

Além dos negros, o fenômeno também é recorrente entre latinos e indígenas.

Na atualidade as indústrias nas prisões geram ganhos de cerca de 30 bilhões de dólares ao ano.

Fonte: http://www.prensalatina.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=280255&Itemid=1

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